Sonhos alados

Sonhei que era uma ave! A maior ave de rapina,
Espreitava pelas alturas, soberana sobre a colina.
De asas estendidas, silenciosamente observava
A frágil presa, salutar manjar que me aguardava.

Ao assalto fremente! o instinto me inclinava
Para a vítima ausente, escondida na relva fina.
Sobrevive sempre o mais forte, eis a certa sina!
Com o troféu nas garras, com alegria eu voava.

Nos íngremes penhascos, pequenos bicos gorjeavam,
E das lascas dilaceradas, seu sustento saboreavam.
Vida selvagem, vida de todo dia, eis o exemplo!

Desperto... Sou a caça, a presa... Num mundo real!
Não sou alado, mas vôo nos sonhos, alma ideal!
A mente aprende: cuidar do corpo como um templo!

 
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 04/10/2008
Reeditado em 26/12/2016
Código do texto: T1211329
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