Espelhos

O homem não entende o que é o perfeito!
De olhar egoísta, ignora tudo ao seu redor,
Instintivamente, revela grotesco trejeito,
Das pequenas coisas, não se fazer credor.

Está preso em si mesmo, seu maior defeito...
Acreditando ser do céu, eterno merecedor.
Mas seu corpo é a maior prova, é imperfeito...
Finda os dias, como um inútil perdedor.

Pena que te esqueças dos débeis e carentes!
Dos que te parecem estéreis, estorvo humano...
Repara... Tu estás diante de repletos espelhos...

E como tu, o mundo está cheio de insolentes...
Repulsando os menos capazes de modo insano,
Os singelos rostos mongóis e os sofridos velhos!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 04/10/2008
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T1211297
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