Reflexão sobre a miséria da fome II

Assim vos fala o Velho do Restelo:
“Como a planta tira a seiva do estelo,
O homem tira o sustento da agonia,
À fome, mal contínuo, tem simpatia,

A Natureza é bela, se amostra sábia,
Mas pensas que o que falo é lábia,
Fartando-se desregrado no castelo,
Outro condenado, batido o martelo.

Impressionante como a fome se acerca...
Devastando o corpo, aniquilando a mente...
Em teu peito reina um orgulho fremente.”

E neste marasmo, a consciência alerta,
Inquietante é ver milhões na penúria,
Bestas humanas castigadas pela Fúria!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 04/10/2008
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T1211200
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