BRANCAS NUVENS
Quisera ser portadora dos teus pendores
Conhecer as íntimas mágoas insufladas!
No alvorecer ver as angústias sepultadas
Sob os meus abraços repletos de ardores!
Deter a fé abnegada dos pregadores
Na afluência das bênçãos esperadas
Virtudes da alma e mente emancipadas
Dos insurgentes fantasmas desertores!
Tornar-me-ia, assim, estradas inusitadas
Onde abrigarias melodiosos clamores
Como solfejos em noites estreladas
Porém, reflexos da existência de dores!
E no céu de brancas nuvens aveludadas
Sentirias o poder... dos sonhos remissores!