SONETO DE UM AMOR CIBERNÉTICO

Ele era, sem dúvida, um robô famoso

Seu nome já tinha se tornado uma lenda

Tinha cheiro de peça nova e um tom bem oleoso

Seus filmes de ficção eram recordes de venda

Ela, ao contrário, uma simples e pobre roboa

Trabalhava numa fábrica, montando móveis

Era frágil, sensível, e quebrava à-toa

Sonhava trabalhar na Peugeot (*) soldando automóveis

Encontraram-se, um dia, numa manutenção

No primeiro olhar, a suprema emoção

Seus programas logo se identificaram

Deu-se então, um longo e ardente beijo

E num mecânico e cibernético desejo

Ambos para sempre conectaram.

Notas do Autor:

a) (*) Peugeot é marca registrada e patenteada

b) Porque o autor usou Peugeot no texto ?

Resposta: porque é meu cliente e eu quero agradá-los

para ver se consigo mais um pedido