Olhos Verdes
Pepitas de esmeraldas reluzentes,
Visão de duas pedras, jades brutas,
Safiras esculpidas pelas lutas
Dos saqueadores pelas tuas lentes.
Verdes maçãs, pecaminosas frutas
Sem madurez, impuras e inocentes,
Brotos selvagens, puros e indecentes,
Adornos vãos de virgens prostitutas.
Quando a visão em teu verdor eu ponho,
Tu me arrebatas para a Natureza
E adentro verdejante e alegre sonho.
Aí não vejo predador nem presa;
Em meio às folhas, camaleão tristonho
Festeja nos teus olhos a Incerteza.