ECOMANIA
ECOMANIA [VI]
Eu amo as tardes mansas do sertão,
ao som das doces brisas, n’alpendrada
da Natureza, tendo a sensação
de vê-la ao vivo e personificada.
Haurindo o verde, a me bater à vista,
fitando os bois que pastam pelo mato,
me sinto qual se fosse um ufanista
do ecossistema, num sentido lato.
Cerro do Sol as portas, nesse afã
de vislumbrar só verde no universo;
nosso planeta livre, no amanhã,
da febre insana das devastações
e o clima das cidades não imerso
nas negras nuvens das poluições.
(Setembro de 1989)
Fort., 01/10/2008.