Tempestade Interior (II)
Trovões ribombam na estrada...
Raios estremecem em luzes escuras,
descem encruzilhados como cruzes de sepultura
enquanto o vento ecoa sua voz enlutada.
A noite parece estar enfeitiçada
pela tormenta que por séculos perdura,
abraçada ao caos com a força da loucura,
colhendo lágrimas pelo medo plantadas.
Oh terra! Oh céus! Quanta confusão !
Não há abrigo seco, só molhados e frios
deixando apavorada a pobre multidão !
Oh! tormenta ! podes arrancar a razão...
Semear o medo, o caos, o vazio... mas,
em Deus - aumentas a fé no coração !