CANTO CIDADÃO
Há um povo sofrendo as amarguras
da injustiça que grassa no sertão,
e esse povo, tratado que nem gado,
vem, um dia, cobrar a solução.
Tem que ser bem varrido o latifúndio,
há que a fome acabar, ruir no chão;
todo mundo plantando a sua gleba,
colheita para o teu e o meu irmão.
As cidades ficando humanizadas,
e o campo, com feliz padrão de vida,
as tristezas, de vez, erradicadas,
enfim, melhor da renda a divisão
- eis aí, numa soma resumida,
o que espera meu canto cidadão.
Fort., 30/09/2008