Espera

Viajava eu por almos extravios,

Voando em céus tão brancos e impolutos!

Buscava a perfeição, em meio ao luto

Travado nos meus íntimos vazios.

Em estros enfeitados de atavios,

Estrelas luminosas, cristais brutos,

Á cata do real e do absoluto,

Sonhava eu, lassando desafios.

Mas nessa espera falsa e ilusória,

Dei voz a tanto pensamento

Que só traçou-me rota merencória,

Turvando-me o inocente sentimento,

Postiça e improfícua trajetória

Por fim legou-me as pagas mais inglórias.

Magmah
Enviado por Magmah em 30/09/2008
Código do texto: T1204038
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