POR MEU CAVALO
Meu cavalo, corpo que me conduz,
Cria mestiça de três continentes,
Aqui, pobre a pastar, quase indigente,
Trota sempre a buscar, na vida, a luz.
Porém sofre com a taca contundente
Da “Fazenda” avarenta que reduz
E que lhe toma o "milho" ao qual faz jus
Sem ligar para as dores que ele sente.
Cansado de apanhar, o meu cavalo,
À “Fazenda” usureira amaldiçoa
No desejo que se "toque" esse Estado.
Assim, por ficar só com o "capim" ralo,
Contra a "derrama", a guerra ele apregoa,
Não quer mais ver seu "milho" confiscado.
THE, 29/09/2008