JORNALEIRO

Amigo jornaleiro, que me traz o mundo,

todo dia, às matinas, antes do café,

eu quero, numa boa, alçar-te o meu boné,

como preito singelo ao teu labor fecundo.

Ainda sem saber lá donde és oriundo,

te levo a minha alada gratidão, até,

pois que a tua entrega do jornal me é

bem-vinda qual um lente de saber profundo.

Ó moço jornaleiro, em teu correr diário,

se te expões pelas ruas, cedo, muito cedo,

é porque, responsável, nutres um dever.

E as notícias galopam tão de modo vário,

que, quando raro tardam, eu me boto azedo,

mesmo sem ir ao nó de a "falha" acontecer.

Fort., 29/09/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/09/2008
Código do texto: T1201843
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