O TEMPO

Indomável, o tempo não perdoa.

Vai no rumo, que trilha, mundo afora.

Ele trota, e galopa, e chispa, e voa,

sem parar, avançando hora a hora.

A condição pequena de pessoa

me diz que sou um jóquei que devora

os prados desta vida, indo à toa,

no lombo do corcel que monto agora.

Um dia, o tempo vai desapear-me.

Então, vonvendo à terra, donde vindo,

do plano de mortal perdendo o charme,

talvez verdeje, lá no chão, silente.

E o baio, o tempo, há de florir mais lindo,

levando a vida, so-li-da-ria-men-te.

Fort., 29/09/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/09/2008
Código do texto: T1201817
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