ILUSÕES


Ilusões por que tantas, por que tê-las,
se elas me vêem e voltam num instante?
Se num instante, após eu concebê-las,
o meu sonho se torna mais distante?

As ilusões de amor pudesse vê-las
numa nuvem que passa pervagante
ou no brilho vernal d’alguma estrela,
eu poderia crer no amor amante.

Ilusões são jograis em meus poemas
onde canto o prazer de ser amado,
apesar do pesado das algemas.

Ilusões, soltas sombras do passado,
da saudade sanções as mais extremas,
compartindo-me a vida, lado a lado.
 
Odir, de passagem