MANDACARU - Soneto
Sou qual Mandacaru do árido solo
Do Sertão. Trago em minha carne, espinho,
Mas na alma, a seiva da água em burburinho,
Esperança de vida. Não me assolo.
Altivo, resisto. E só na estiagem
Cruel, persisto. Verde de esperança,
Renovo no sertanejo a lembrança,
Pois sabe que na seca, eu sou pastagem.
Solitário Mandacaru. Partido
E decepado ao sol, que matutino,
Une-se e aquece ao coração dorido.
Velho Mandacaru. Verde Supino.
Fruto vermelho, qual sangue vertido.
Esperança e paixão do Nordestino.
Moses Adam
F.V. 23.09.08