Carta à poetisa

Caríssima colega poetisa,

Estas linhas trazem minha saudade,

o nada, o vazio da alma incisa,

enferma, ferida com despiedade.

Sua alma nos textos, seu cheiro na brisa,

busco e não acho. Esterilidade!

Tristes olhos, inquietos, em pesquisa...

seu verbo, sua verve. Necessidade!

Publique, poeta, texto ou hino

em qualquer número, um, dois, dezoito...

lauda inspirada, texto chulo ou fino,

rabiscos ou soneto alexandrino.

Doze de abril de dois mil e oito. (Vinte e seis do nove de dois mil e oito)

Ansioso, subscrevo-me e assino.

Jan Câmara