TEMPOS MODERNOS

Andando pela rua apressadamente

Um oi de alguém pousou em meu ouvido,

Porém o meu relógio austeramente

Não deixou este oi ser correspondido.

Da orelha o oi dirigiu-se à minha mente

Sem que eu ao menos tivesse percebido

Fez com que eu enxergasse claramente

Que ser escravo do tempo não faz sentido.

Caindo em mim fiquei muito assustado

Quantos ois sem perceber havia ignorado,

Deixando a relação humana seca e fria.

Só de pensar que tratei alguém com tanto gelo

Arrepia-me até o último fio do meu cabelo

E no meu peito um dor que me angustia.

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 24/09/2008
Código do texto: T1193832