POEMA AO AMOR DESCRENTE
Quem és tu, quem me dirá?
A tua ausência?
O teu desdém?
Tua apatia?
O teu retrato não fala
o que dizes e o que sentes.
A tua poesia cala
quando falas o que mentes.
O que nos vai na cabeça,
quando o riso o pranto encobre?
O corpo pede que esqueça
mas a alma se descobre.
Questionável, divisível
a linha do "sim ou não".
Quando o sim foge à razão,
o "não" é raso e risível.
Odir, de passagem