NA FLAMA DESSE AMOR


Empunha-se no mérito afável,
A partilha do meu vil sentimento,
Do lume exacerbado arável,
Quão prístino que verte provimento.

Ébrio no cruzamento consolável,
Da escusa candonga é tormento,
Alvejando talvez, o conspurcável,
Que baniu o amor com fingimento.

É flanco doído implacável,
Desse teu elastério dobramento,
Quiçá! Ardil, certeiro e provável.

Evade meu afeto sem juramento,
Do clamor indomável e conquistável,
Eu não vou arrimar arrependimento.

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 22/09/2008
Reeditado em 03/10/2011
Código do texto: T1191350
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.