FEBRE
FEBRE
Lílian Maial
A boca anseia a carne delirante,
que os beijos desses lábios torneados
lambuzam de sabores variados
o mel que escorre em fio inebriante.
Meu homem, meu amigo, meu amante,
é doce ver-te em versos derramados,
sorrindo co´os olhinhos marejados,
feliz de tanto amor, apaixonante.
Que venham as tormentas e procelas,
em nosso leito, branda luz de velas,
a iluminar os corpos de candura.
Tremula, num sussurro, a nossa chama,
incendiando a paz da nossa cama,
a febre desse amor não tem mais cura.
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