SONETO DA ANTI-MÉTRICA

Para o nada aliterações

E cada alteração exigida

Palavras deusa eco. Grilhões

Livrai-lhes a vida. Adeus.

Muito mais fácil é rimar

Somar sílabas descartáveis

Perceber que são só contar

Carregam verdades inúteis

Escrever tudo que não cabe

Falando na acertada métrica

Fingir saber o que não sabe

Reina a técnica do comum

Assim até eu faço poesia

Minha redondilha mais um

Gabriella Mendes
Enviado por Gabriella Mendes em 22/09/2008
Reeditado em 22/09/2008
Código do texto: T1190325
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