NATUREZA DAS PAIXÕES
A brisa ama o vento com amor profundo
E sem perceber este amor, o vento passa
E a brisa vai buscar consolo no mundo
Que tem ânsias de abraça-la e não a abraça!
O Sol beija a areia com seu beijo quente
E o vento ruje com seu furor ciumento:
São dois rivais pela mesma areia ardente,
Enquanto a brisa aspira por beijar o vento !
Mas o mar com suas molhadas malícias
Vem provar da brisa, as serenas delícias
Ao vê-la latejar-se nas pedreiras, só!
E um vulcão de intenções fulgurantes
Vem arrebentar-se nas pedreiras marejantes,
Transformando aquelas paisões rudes em pó !
SIRLEY VIEIRA ALVES