Galopando
Eu te peço que não digas que és a outra
como fosses preterida em meu afeto;
És -pra mim- uma alazã, a minha potra,
galopando sobre o verso mais secreto.
Tu chegaste -bem no tempo apropriado-
para encher de colorido a existência
com esta letra, que me faz apaixonado,
que me atira nas delícias da querência!
Eu espero paciente como um Jó
a chegada deste tempo de entregas
quando então, darei em ti, um belo nó...
...envolvendo o teu olhar -que não me negas-
sem jamais em tempo algum deixá-la só
à cobiça dos bacanas e dos bregas.