SONETO DA SAUDADE.
Saudade de uma terra pequerrucha
que daqui nem alcanço o brilho dela;
manhãzinha me assentava em minha sela
e caçava mil rolinhas de garrucha.
Sinto ainda o cheiro doce das goiabas
E do vapor que exalava da beringela
que minha avó cozinhava na panela
de barro! Ah! Costeletas bem assadas!
Deixo uma saudade verdadeira
desse agreste, da gente daquele lar,
do meu burrico Teimoso, minha mangueira.
Deixo meu nome em cal, na ribanceira,
e um chapéu de couro para sombrear
uma cruz entalhada em laranjeira.