Do centro das certas incertezas,
Vivo amando toda surpresa.
Toda expectativa de beleza,
Vindo com a alma das profundezas.
Pois assim a vida não importa.
Se esse mar ciumento envolve,
E abraçando a volta embota,
Ofuscando o viço da saudade.
Porque de ausência se faz o dia.
E horizonte então melancolia,
Transforma-se no fiel da balança,
Guardando após uma esperança.
Além do infinito, mora meu amor.
E esse me aguarda na eternidade.