Soneto póstumo
Minha querida jaz no leito derradeiro,
Estou aqui, triste a velar minha princesa.
Ela era aquela que foi meu amor primeiro,
Na solidão vou imaginar sua beleza.
Procuro alguém para banir minha tristeza,
Terei saudades do seu beijo, do seu cheiro.
O meu consolo surgirá com a pureza,
De Deus Pai a me guiar o tempo inteiro.
Doravante vou viver a minha vida,
Lembrando sempre dos carinhos do amor.
E a minh'alma será sempre apetecida,
E protegida pelas mãos do meu Senhor.
Está agora minha amada e querida,
No Paraíso com Deus Pai, o criador.
Valério
02/06/1995