O penúltimo soneto.

Autor: Daniel Fiúza.

11/09/2008

É penúltimo todo meu soneto

O último eu nunca vou saber,

Pois somente depois de morrer

O penúltimo terá esse objeto.

Será último por força de decreto

E eu nunca saberei o que dizer,

Mas um dia eu terei que escrever

Um soneto que ainda nem projeto.

Esse dia que presumo ser discreto

Só Deus sabe e vai sempre me esconder

O soneto que de mim irá nascer

Sendo o último será franco e direto.

Ficará completado meu trajeto

Apagando a emoção desse meu ser.