Teu brilho me cobre o rosto,
E nos lábios tua saliva me desfalece
O coração pulsa agonia, fenece;
Devora-me ‘alma em teu gosto!
No leito que toma o macio encosto
Quando no esfregar de corpos, esmorece!
Do repouso etéreo exausto, esquece...
Da magoa sangrada em pequenos pontos.
Meu desejo, teu desejo, ah! Saudade,
Fazendo-nos doidivanos, nos privando
A claridade dos olhos escondidos, na escuridade...
Cadê a esperança que nos manteve!
Somos amantes, envolventes sem piedade
entendidos por quem um amor fantástico vive!