Placebo

Soluços sufocados, mãos crispadas,

Mil grutas dentre o peito, nebulosas

Qu’expandem e se encolhem alternadas,

Inflando-me as moléculas nervosas...

A vastidão de um sonho malsinado,

Falácia sem sentido e essa cegueira,

Que rende a nós somente um triste fado

E dores que se tornam rotineiras...

Teimo em manter os olhos ora enxutos,

E a voz então insiste em se calar.

Cultivo sentimentos que são brutos,

Destarte ‘inda eu não soube lapidar.

O amor se faz presente, esse resiste,

Malgrado o jeito meu de estar tão triste.

Magmah
Enviado por Magmah em 11/09/2008
Reeditado em 17/09/2008
Código do texto: T1172626
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