Placebo
Soluços sufocados, mãos crispadas,
Mil grutas dentre o peito, nebulosas
Qu’expandem e se encolhem alternadas,
Inflando-me as moléculas nervosas...
A vastidão de um sonho malsinado,
Falácia sem sentido e essa cegueira,
Que rende a nós somente um triste fado
E dores que se tornam rotineiras...
Teimo em manter os olhos ora enxutos,
E a voz então insiste em se calar.
Cultivo sentimentos que são brutos,
Destarte ‘inda eu não soube lapidar.
O amor se faz presente, esse resiste,
Malgrado o jeito meu de estar tão triste.