SOMBRAS ALADAS
Em submundos escuros, tortuosos,
entre sombras hostis, cruéis, aladas,
fui arrastado por seres tenebrosos,
que povoavam de medo a madrugada.
Haurindo as forças já paralisadas,
caí em vácuos sem fim, vertiginosos.
Tentando abrir uma mão, a vi crispada,
na outra vi ossos nus, cadaverosos.
Na queda infrene, eivada de amargura,
desci além do pavor e da loucura,
na indolência do corpo adormecido.
Ao espertar entendi, petrificado,
que no meu sonho havia visitado
o tal inferno, em Dante referido.
Em submundos escuros, tortuosos,
entre sombras hostis, cruéis, aladas,
fui arrastado por seres tenebrosos,
que povoavam de medo a madrugada.
Haurindo as forças já paralisadas,
caí em vácuos sem fim, vertiginosos.
Tentando abrir uma mão, a vi crispada,
na outra vi ossos nus, cadaverosos.
Na queda infrene, eivada de amargura,
desci além do pavor e da loucura,
na indolência do corpo adormecido.
Ao espertar entendi, petrificado,
que no meu sonho havia visitado
o tal inferno, em Dante referido.