AVIDEZ


Mas eu não quero o sofrimento que me chega:
e deixo a angústia inquietante, a dor sem nome,
pelos caminhos, armadilha em que fui pega,
e quero bem que fique ali, pois não consome

a luz bendita e a calma espera por um bem.
Não quero nada equivocado ou negativo,
quando é possível vivenciar o que se tem,
com alegria. Por amor eu canto, eu vivo!

Eu posso estar a rodear o que mais quero,
falo de mim, mas não existo, sou projeto;
mostro uma forma que me escapa, o ser austero
não me permite o meu desejo mais secreto.

Em vãs palavras, me resseco; sou quem tenta,
buscando o oásis, saciar a alma sedenta...


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