Meus Sonetos
Meus Sonetos
Meu caro irmão; são cáusticos meus versos,
Mas não me lance à toa em seus delírios!
São apenas sonetos. Loucos filhos
Que me nascem na folha, alguns submersos
N’algum fundo de mar ou dicionário.
Caro irmão, falo à morte, à dor e ao cego
Sem morrer ou sentir na carne o prego
Ou cegar meu futuro num calvário
Meu caro irmão é tudo imaginário,
Não se aflija com a mórbida palavra
Ou defina perplexo em lesma ou larva
O que eu disse o que leu na poesia,
É minha claustrofóbica alegria
Que consigo mostrar nesse cenário...