Meus Sonetos

Meus Sonetos

Meu caro irmão; são cáusticos meus versos,

Mas não me lance à toa em seus delírios!

São apenas sonetos. Loucos filhos

Que me nascem na folha, alguns submersos

N’algum fundo de mar ou dicionário.

Caro irmão, falo à morte, à dor e ao cego

Sem morrer ou sentir na carne o prego

Ou cegar meu futuro num calvário

Meu caro irmão é tudo imaginário,

Não se aflija com a mórbida palavra

Ou defina perplexo em lesma ou larva

O que eu disse o que leu na poesia,

É minha claustrofóbica alegria

Que consigo mostrar nesse cenário...

Ivo Tavares
Enviado por Ivo Tavares em 09/09/2008
Código do texto: T1169239