NO PALCO DA VIDA
Acendem-se, primeiro, os refletores.
Descerra-se a cortina. Então, começa,
pelo palco da vida, a grande peça
em que somos platéia e os atores.
É uma tragicomédia. Riso e dores.
Histórias de quem vence e quem tropeça.
Vaidade, ambições, orgulho à beça ,
anseios, frustrações e desamores.
No papel principal, um sonhador
que deixou de sonhar e a sua dor
a todos, por inteiro, contamina.
Morre o sonho! No palco, morre o amor.
A peça, sem mais pressa, perde a cor.
A luz se apaga, fecha-se a cortina.
Odir, de passagem