Soneto do amor bandido
deixou o cigarro pela metade
apagado sobre a mesa
me agarro na promiscuidade
alagado em raiva acesa
virou o copo em meu rosto
esfriando todo o meu clima
jogou longe o tira-gosto
levou o carro, fiquei sem rima
chamei o garçom do bar
pedi mais uma cerveja
reascendi o cigarro, nuvens no ar
Waldik Soriano no radio a cantar
pedi mais uma vodka com cereja
pois sei que logo ela vai voltar e tomar