SOLIDÃO
Brasília, 05/09/2008
Em mim abrupta essa dor tão tórrida
Que em meu viver o alento me excrucia
A insistir essa esperança hórrida
Expira a vida, pois que se esvazia
Na dor velejo e com o vento venho
A perscrutar tamanha acerbidade
A definhar-me na conduta e cenho
Vez que não tenho pra sofrer idade
É na alma minha que eu procuro enleia
Dessa amargura contra a vida ingente,
Pois tal qual sangue que circula a veia
Deixando a crosta da gordura rente
Vem sorrateiro o canto da sereia
E o coração dilacerando a mente