FAÍSCAS


Estrelas desse céu, noturno e magnífico,
segredos que guardais, contai-me, por favor!
Acaso vós sabeis por que vos dignifico,
por que vos tenho amor, e a vós procuro expor

o sentimento atroz – não pode haver pior-
de alguém que busca a luz, mas segue como um cego,
nas trevas que jamais desfaz ao seu redor.
Espanta-me essa dor, sou fraca, isso eu não nego,

diante do que traz a mim o amor possível;
da dor sem salvação, da busca de um conforto.
Certeza de viver de um modo que deploro,

saudade de um querer; será que um dia tive-o?
Viver esse sem fim (o estado de absorto),
no amor que chega a mim, tal chuva de meteoros.


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