AGORA EU SEI

AGORA EU SEI

Quando precisamos, os amigos nos socorrem...

Temos tudo ao alcance, mas o médico proíbe...

Perdemos nossos pais, e a probabilidade inibe

Os planos pro futuro, e nossas alegrias fogem...

Não é um lamento, nem tão pouco, morbidez...

Estou registrando o fato de faltar, logo agora,

O que deveríamos ter, para salvar da penhora,

A alegria de viver, sem provocar uma viuvez...

Descubro aos poucos as dores do preconceito,

Que os jovens nutrem com o horror a velhice...

A doçura de desejar que a ciência descobrisse,

O elixir da juventude e tudo que tenho direito...

Mas vim aqui, para que minha alma evoluísse...

E os dias que restam, não gastarei com tolice...

Dedico este soneto a minha Avó materna, com quem vivi até os cinco anos de idade.

Ela foi a primeira pessoa que me enxergou como poeta, e entre outras citações sábias e com as devidas explicações, falava que a água só corre para o mar. Somente para ela peço perdão, se por admirá-la demais, falo em vão, o seu nome. (Que Deus a abençoe... Sempre...).

Jacó Filho
Enviado por Jacó Filho em 04/09/2008
Código do texto: T1160903
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