AGORA EU SEI
AGORA EU SEI
Quando precisamos, os amigos nos socorrem...
Temos tudo ao alcance, mas o médico proíbe...
Perdemos nossos pais, e a probabilidade inibe
Os planos pro futuro, e nossas alegrias fogem...
Não é um lamento, nem tão pouco, morbidez...
Estou registrando o fato de faltar, logo agora,
O que deveríamos ter, para salvar da penhora,
A alegria de viver, sem provocar uma viuvez...
Descubro aos poucos as dores do preconceito,
Que os jovens nutrem com o horror a velhice...
A doçura de desejar que a ciência descobrisse,
O elixir da juventude e tudo que tenho direito...
Mas vim aqui, para que minha alma evoluísse...
E os dias que restam, não gastarei com tolice...
Dedico este soneto a minha Avó materna, com quem vivi até os cinco anos de idade.
Ela foi a primeira pessoa que me enxergou como poeta, e entre outras citações sábias e com as devidas explicações, falava que a água só corre para o mar. Somente para ela peço perdão, se por admirá-la demais, falo em vão, o seu nome. (Que Deus a abençoe... Sempre...).