Meu pranto


Molhada a face, tenho, deste pranto
Dores silenciadas, sofridas a sós
Espólio de um amor que calou voz
Após longos anos, falando tanto.

Custa-me desistir, sabe Deus quanto
Tento pensar, não em mim, mas em nós
Peso todos os contras e os prós
Esgotada e muda, seco este pranto.

Balança o coração amargurado
Tentando agarrar o amor fortemente
Salvar o sentimento naufragado.

Gerir as emoções sabiamente
Volver ao amor intenso, inflamado
Fruir o calor de teu corpo quente.




Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In ”Sonetos”

 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 03/09/2008
Reeditado em 15/04/2018
Código do texto: T1159582
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