O CIÚME
Navalha fundo o coração, o ciúme
Cortando na raiz qualquer esperança
E o amor a reprovar doentio costume
Recua pela inveja da tola insegurança
O tolerante e puro amor sofre e chora
Mas no limite de sua sobrevivência
Se ameaçado, não hesita ir embora
Por nunca ceder pra vil conivência
Divino é o amor que não padece
Fortalecido em nosso íntimo querer
Extraindo-lhe a desconfiança que entristece
Nem dando força que não deve ter
Ao ciúme que a relação enlouquece
Quando dono dela alguém pretende ser
Jairo Lima