Atrás da freira
Quando faço as minhas letras desbocadas
faço coro com as verdades mais mundanas
que dispensam os sofismas das taradas
que são damas, mas que sonham ser profanas!
Bato forte nos culhões dos comportados
porque a vida no real é uma pauleira;
também gosto dos versados delicados
mas não gosto de esconder-me atrás da freira!
Descomplico o meu caminho por aqui
falo cama, ao invés do tal do leito,
e confesso que jamais um santo eu vi!
Meu desejo ultrapassa meus limites
no olhar que eu projeto no infinito
muito além das reprimendas e palpites!