CESARE


Nos impenetráveis muros dum castelo

Envolto em densas brumas de escuridão

Jazia o espírito no auto-flagelo

À espera do anjo da libertação!



Como magia, o verso de amor eterno

Apresentou-se numa muda contemplação

Teu nome aqueceu o mais triste inverno

Fazendo vibrar a esquecida emoção!



Porém, o sonho conheceu o inferno

Desta lancinante dor: crua rejeição!

A alegria virou tormento interno



Alma e mente renderam-se à escravidão

Desvaneceu o sorriso e o brilho externo

E sobraram só os percalços na amplidão!




Imagem: http://www.moerstaal.nl/homepage/show/1314248.jpg