NÁUFRAGO

Sopra o vento que dilacera o peito amargurado,

Sopra, como ar de tempestade obscura.

Lamentos, gemidos, mormuros, sussurros

Que silênciam o mais profundo ser distroçado por não saber sentir.

Sopra o vento de despreso próprio

Sopram os ventos tempestadiosos,

Ventos enfurecidos a gritar meu nome

Mas entristecem ao pronunciar o teu.

Sopra o vento, agora o vento,vento de bonança, bonança de calmisse.

Passou o cruel vento que soprava no meu ser. Agora sorridentemente só.

Só num oceano que fervia friamente

No qual eu naufraguei. Mas sobrevivi!

Morreu algo no meu ser vital!

Choro agora, por ainda continuar respirando.

Sinquê de Mello

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 31/08/2008
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