Último Soneto

Exigi o teu amor qual insano Rei;
Anelei o mundo celeste, calado;
E em delírios pensei estar ao teu lado,
Sentir teu cheiro, tua pele... não sei!

Mas o teu motejo tudo apaga,
Teu perfume e desvelo... não os verei.
Hoje feliz nas tuas noites... bem sei!
Meus sonhos p’ra ti não valem nada.

Tento a saída com os olhos túmidos;
Foi-se o Eldorado... os risos úmidos,
Afundo, entre lágrimas na procela.

Estou só. Ilusão querida. Oh lírios!
A solidão: Um rio de martírios;
... as águas levaram a noite bela!...