EU E O MAR
Neste bravio mar,eu sinto as minhas dores.
Antes,tudo era calmo e sempre bem ameno;
lembrando a minha vida entre tantos amores,
revejo a doce paz de um lago bem sereno.
E assim vou caminhando,a procurar valores
que tornem meu viver envolto de amor pleno.
Mas tenho muita angústia ao ver tantos horrores,
sem conseguir,jamais,de alguém alegre aceno.
E comparando ao mar o meu triste destino,
sempre muito saudoso,eu volto a ser menino
para esquecer o mal que na vida me atinge.
E então vou prosseguindo,em busca só de paz
nesta triste existência em que tudo é fugaz
e onde momentos há em que apenas se finge.
(Soneto alexandrino)