CORRER ATRÁS DO AMOR


As horas deste dia, quais tormentas,
Que meio envelhecidas, correm lerdas,
Angústias que só n’alma experimentas,
Deixando os arranhões de suas cerdas

-Poeta e sofredor que tu bem és-
Vaguezas, ilusões hostis e fartas,
Areia que escorrega sob os pés!
O sentimento vão do qual te apartas,

Porém, sem conseguir exorcizá-lo:
Pisar num galho seco e ouvir o estalo,
Noção de estar num beco sem saída....

Depois chorar, sentindo-se ferida,
Em horas e mais horas, nas quais cansas
De perseguir quimeras e esperanças.



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