Mar que se esconde
Verdes olhos num mar que se esconde,
Fúria vaga, não mais vaga em fúria.
Fazem eles perguntas... Respondes,
Por ti só, sem pretexto ou lamúria.
Face helênica em tez de granito,
Já perdeu seu encanto e pureza.
Hoje é só um semblante bonito,
Que permite ver toda a rudeza...
Vai, perpetra e o faz com desdém
Lá no fundo do peito uma dor,
E tua entranha absorve o furor.
Dependente d’um último amém,
Como se fosse um vício de alguém
Que é mais forte e te rouba o ardor.