Mar que se esconde

Verdes olhos num mar que se esconde,

Fúria vaga, não mais vaga em fúria.

Fazem eles perguntas... Respondes,

Por ti só, sem pretexto ou lamúria.

Face helênica em tez de granito,

Já perdeu seu encanto e pureza.

Hoje é só um semblante bonito,

Que permite ver toda a rudeza...

Vai, perpetra e o faz com desdém

Lá no fundo do peito uma dor,

E tua entranha absorve o furor.

Dependente d’um último amém,

Como se fosse um vício de alguém

Que é mais forte e te rouba o ardor.

Magmah
Enviado por Magmah em 27/08/2008
Reeditado em 28/08/2008
Código do texto: T1148923
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