MEUS PECADOS

Esse lado, hoje obscuro, indesejável,
Escondido atrás da máscara, da porta,
Esconjuro, mando embora, pois me importa
Que me aceitem por ser boa, doce, amável...

Mas existe a força estranha, indesejada;
Desde há muito, vem comigo a consciência
De que a fera habita a bela e, sem clemência,
Ela invade espaços todos, sem parada.

As palavras são segredos bem guardados,
Maquiando esses horrores, pesadelos,
Porque os versos, eu queria todos vê-los

Como flores de um jardim, na primavera,
Onde o gozo fossem cor e cheiro dados,
Paz, beleza, luz e amor, sem meus pecados.


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