POR PRAZER


Amanheci azeda e sem humor;
Só sei que estou pra lá de Bagdá...
A vida, vou levando, mas não há,
Vontade a me guiar, seja o que for...

Eu nunca acreditei no amor, confesso,
Mas acho divertido falar dele,
Então escrevo um verso ou outro e aquele
Intrometido faz o seu regresso.

De tantos movimentos, que ele ensaia,
Restam pequenas mortes, sucessivas,
Que pedem desses “vem!” mais recidivas,
Livrando nadadores pela raia.

E assim tudo prossegue eternamente,
Enquanto, por prazer, se vai em frente...


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