A CURA
Não me digas que a ira te domina
e obscurece a razão,
nem que a glória do mundo de fascina
e eleva os pés do chão.
Não digas que embotado o coração,
o amor não te ilumina,
nem sentes vida na contemplação
da criação divina.
Se não, eu te direi que estás doente,
deves cuidar na cura,
e já, e sem demora, e urgentemente:
Abre a alma ao amor, cria a estrutura
de quem entende e sente
o pranto e o riso, a alheia desventura