Doce Ilusão

Ser o rio tranqüilo que mergulha

pelas manhãs de sol, teu corpo esguio.

Ser o copo em que bebes, ser a hulha

que ferve o teu café e aquece o frio.

O travesseiro, a colcha, a fronha, um fio

do sonho bom que em tua mente arrulha...

Oh ser o rio! O nosso velho rio

em que o teu corpo seminu mergulha!

Ser tua fé e teu desejo, ser o canto

de esperança que levas pela vida.

Ser tua luz, teu riso... Ser o pranto

dos teus olhos na hora compungida.

Meu doce amor! Oh! Não me custa tanto

ser nós dois na ilusão juvenescida...